Bati o carro. Nada muito grave, observando o trânsito de Uberlândia sabia que isso aconteceria cedo ou tarde. Em quase 20 anos de habilitação este é o segundo acidente em que me envolvo, o outro foi em São Paulo, quando ainda morava lá. Mas não estou escrevendo este texto para falar de batidas de carro ou do trânsito selvagem das cidades e sim sobre pessoas. O primeiro acidente de carro que me envolvi foi um pouco mais grave que esse, na verdade fui atravessado por uma ambulância que furou o sinal de “Pare”. Logo após a batida apareceram os tradicionais curiosos e também aqueles dispostos a ajudar e em seguida chegou a polícia que me auxiliou no que foi necessário. No acidente de hoje, porém, fiquei perplexo com a presença de dois novos personagens no cenário da batida. Primeiro os mal educados que mesmo diante de um acidente conseguem ser escrotos a ponto de xingar as pessoas envolvidas por estarem atrapalhando sua passagem e em segundo a nossa querida polícia militar. Logo surgiu um PM que viu no local do acidente uma família com criança de colo e foi incapaz de oferecer qualquer tipo de auxílio ou sequer de ter a delicadeza de perguntar se estavam todos bem (ainda bem que ninguém havia se machucado). A autoridade de plantão chegou de peito estufado, caderninho na mão e a educação de praxe. “Não pode impedir o trânsito não!”, foi a primeira frase do policial. Não teve “O que houve”, “posso ajudar?”, mas teve multa, acredite se quiser. Meu carro não podia se mover pois a roda ficou comprometida na batida, mas a autoridade não se importou. Então lá fui eu levando o carro como podia até um lugar fora da rua, aos gritos de “filho da puta” por parte de alguns outros educados motoristas e arriscando a integridade física do meu filho, para que o coreto (a viatura, incluso) pudesse passar. Por incrível que pareça, a pessoa mais educada e tranqüila que lidei nesse ocorrido foi o outro motorista envolvido na batida. Não gosto de generalizar as coisas, mas fica um recado aos uberlandenses: uma grande cidade não é feita de viadutos e prédios espelhados, mas sim de cidadãos educados e acolhedores.
Permitam-me dar minha opinião sobre as eleições presidenciais de 2010. Este ano não irei votar, pois meu domicílio eleitoral é em SP, estou morando em Uberlândia e ainda não transferi meu título para cá. Assim sendo, me sinto mais a vontade para falar sobre o assunto.
A questão é que mesmo se fosse votar agora em outubro provavelmente anularia meu voto. Não é uma prática que me agrada, mas definitivamente não tem nenhum candidato que eu concorde na maioria de suas propostas de governo.
O Serra é um cara antipático, mas é um político sério. Conseguiu avanços como ministro da saúde e tem experiência administrativa de um estado que é quase um país. O PSDB é um partido que sabe separar legenda de governo e não tem um histórico de se misturar com a máquina pública, contaminando-a.
Então porque não voto no Serra? Simples: pelo histórico do governo do PSDB em São Paulo. Estamos falando de um estado rico, o mais próspero do Brasil e minhas visitas a várias regiões do interior só comprovam o fato, mas isso não tem nada a ver com o PSDB. Aliás, o crescimento econômico do Brasil nada tem a ver com partido político algum.
Após 16 anos governando o estado de São Paulo (e por muitas vezes também no comando da prefeitura da capital) o PSDB pouco avançou em questões fundamentais como saúde e educação, para completar, na capital persistem três de seus maiores problemas: as enchentes no verão, a violência e o transporte ineficiente. É inadmissível que com tanto tempo para pelo menos avançar em relação a tais problemas, um estado como São Paulo ainda tenha sua capital debaixo d’água todo começo de ano e um trânsito totalmente caótico, estradas com cobranças abusivas de pedágio, violência desenfreada. O PCC nasceu no ventre da incompetência tucana na questão da segurança pública. Porque acreditar que um governo do PSDB não fracassará no âmbito federal?
Em relação aos seus aliados o PSDB também fica a dever, o DEM mesmo depois de sua “reestruturação” representa tudo de mais velho que existe na política e se fosse eleito, Serra teria o PMDB a seu lado. Ponto negativo para essa turma aí.
A Dilma também é uma pessoa séria e o PT mostrou que pode governar um país como o Brasil. Crescemos economicamente (como disse isso nada tem a ver com os partidos) e a distribuição de renda melhorou. A política de habitação também evoluiu e por mais que a classe média torça o nariz, Lula é amado pelo povo e tem credibilidade no exterior, o que ajudou bastante na excelente imagem que o Brasil construiu lá fora. Dilma seria uma continuação de uma política de crescimento que mostra resultados.
Porque então não voto na Dilma? Simples: pelo histórico do PT no governo federal. Assim como o PSDB em São Paulo, o PT também priorizou as questões econômicas e de redistribuição de renda. O Brasil não evoluiu na saúde nem na educação, questões que considero prioritárias. As estradas estão em ruínas e os aeroportos operando acima de suas capacidades e a pior questão de todas: a posse da máquina do governo pelo PT e seus aliados. Esta prática repulsiva é a raiz de muitos dos casos de corrupção e uso indevido do poder, além de ser responsável pelo inchaço da máquina pública através da criação e loteamento de cargos em todas as esferas do governo.
No que diz respeito às alianças, o PT consegue ser ainda pior que o PSDB. Rasgando as páginas de sua história, se junta não só ao execrável “pseudo-partido” PMDB, como também a figuras como Fernando Collor.
No fundo, hoje não existem maiores diferenças nos planos de governo do PSDB ou do PT, o que separa os dois partidos são as formas e caminhos que cada um acredita ser o correto para alcançar os mesmos objetivos. O PT é mais centralizador, cria raízes dentro das instituições e tem um histórico de programas sociais. O PSDB é mais liberal, preocupado em enxugar a máquina pública e manter as contas em dia.
A tal terceira via para mim não existe. Não acredito que Marina Silva tenha capacidade ou competência para ser presidenta de um país como Brasil. Admiro seus esforços e seu discurso verde, mas também discordo de muitas de suas crenças e revendo seu papel como ministra, acredito que mais falou do que realizou. Marina é uma figura política interessante, assim como o inteligentíssimo Plínio de Arruda, uma pessoa que os brasileiros deveriam conhecer melhor (pena que resolveu se aliar a uma política de esquerda datada e falida), mas penso que são candidatos a se ouvir e não para se votar.
Fico na esperança sempre de que, independente de quem vença as eleições, o Brasil amadureça politicamente e que um dia tenha candidatos, partidos e políticas que mereçam o meu voto.
Para começar este post gostaria de citar algumas perguntas que não foram respondidas e me atiçaram por bastante tempo: O que tinha na maleta do Marcellus Wallace? Deckard era um replicante? Onde está o corpo de Ulisses Guimarães? Quem roubou o laptop do meu sogro e como entrou no apartamento? O que Scarlett Johasson fala no ouvido de Bill Murray? Aconteceu realmente alguma coisa com Anthony Soprano? O que está causando o aquecimento global? É difícil encarar, mas nunca terei as respostas para todas essas perguntas e tantas outras que me mantém acordado durante a noite, faz parte da realidade aceitar que alguns pequenos e grandes mistérios existem para ficar sem resolução. Lost não terminou, de forma alguma, como eu imaginava. Foi ainda mais surpreendente e emocionante, honrou a qualidade da série colocando-a para sempre na história da televisão (e por que não da internet?). Claro que foi um final controverso, qualquer um seria, mas não podemos acusar Lost de não ser coerente. Desde o começo ficou claro que se tratava de uma história sobre os personagens e que os mistérios eram apenas recursos para levar a história adiante, mas o que os produtores conseguiram com o desfecho foi genial: Qualquer resposta para os mistérios da ilha estão corretos, basta que seja do seu agrado. Independente do que você ache que seja a ilha, quem construiu a estátua ou porque ainda aparecem suprimentos da Dharma caindo do céu, nada disso afetará a mensagem da série. Somos todos perdidos em busca de respostas que, como bem disse a “mother”, apenas nos levará a outras perguntas. O que importa, de acordo com Lost, é que todos temos a chance de redenção e que, às vezes, é preciso um passo para trás (ou quem sabe uma temporada em uma ilha bizarra) para podermos enxergar quem realmente somos e o que buscamos na vida. Obrigado Lost, foi uma viagem e tanto.
Lá vai minha listinha inútil de 2009 Melhor filme: The Hurt Locker (acho que aqui chama "Guerra ao Terror", mas não saiu nos cinemas) Melhor filme que eu não vi: Bastardos Inglórios Melhor Game: CoD Modern Warfare 2 Melhor Álbum: Jamie Cullum - The Pursuit Melhor livro que eu li: As Crônicas de Artur - O Rei do Inverno (que é de 1996)
Quando comecei a pesquisar para a compra do meu novo notebook cogitei 3 opções: O novo MacBook Pro 13", o HP Pavillion 1260 15" e o Dell Vostro 1520 15". Iria utilizar o novo notebook como meu único computador tanto em casa como no trabalho, portanto precisava ser versátil e com boa configuração. Sabia que o MacBook seria mais caro que os outros, mas me espantou o péssimo custo benefício do produto. Enquanto a concorrência apresenta notebooks de excelente performance entre 2.500 a 3.000 Reais, o MacBook estava por R$4.300,oo e isso com configurações semelhantes dos PCs. Então pensei comigo: "Do que estou abrindo mão ao não comprar um MacBook?". Bom, acima de tudo estou perdendo o MacOs, porque para mim a Apple sempre foi uma empresa mais de software do que de hardware. O SO da Apple foi a única razão pela qual cogitei por uns instantes comprar o MacBook, porque de resto estava apenas perdendo uma bateria excepicional e um puta trackpad, mas eles não valem quase 2.000 reais a mais. O design do Mac é show como sempre, mas os HPs Pavillions também são muito bonitos e este é um quesito que não coloquei na balança para a escolha, considero apenas um "plus". Acabei optando pelo Vostro 1520, que é o mais "quadradão" deles. Porém a Dell possui um excelente suporte técnico e foi quem me ofereceu o melhor custo benefício. "Putz, mas comparar o Dell com um Mac?", pensariam alguns. E por que não? O Windows realmente é uma merda perto do MacOS, mas comprei um excelente notebook por R$2.700,00. 1.600 Reais mais barato que o MacBook. Vamos compará-los:
Dell Vostro 1520 • Core 2 Duo P8600(2.4GHZ, 3mb L2 cache, 1066mhz FSB) • 4gb de RAM DDR2 800mhz • 320gb de HD a 7200RPM com sensor de queda • Placa gráfica GeForce 9300M 256mb • Tela de LED 15.4" WXGA • Webcam de 1.3 mp e microfone embutidos • Bateria de 6 células 58 Wh • Gravador de CD/DVD 8X • Wireless 802.11 a/g/n e Bluetooth 2.0 • Chipset Intel 45 (plataforma Centrino 2) • Windows Vista Home Premium (upgrade grátis para o Windows 7) • Pontos Negativos: Sem saída HDMI ou DVI, alto falantes fracos e sem MacOs
MacBook Pro 13" • Core 2 Duo (2.26mhz, 3mb L2 cache, 1066mhz FSB) • 2gb de RAM DDR3 1066mhz • 160gb de HD a 5400 RPM • Placa gráfica GeForce 9400M 256mb • Tela de LED 13.3" WXGA • Webcam de 1.3 mp e microfone embutidos • Bateria de 6 células 73 Wh • Gravador de CD/DVD 8X • Wireless 802.11 a/g/n e Bluetooth 2.1 • MacOs 10.5 Leopard • Pontos Negativos: Absurdamente caro, saída de video proprietária (mini display port), somente 2 saídas USB e você não pode trocar a bateria (tem que levar na Apple para efetuar a troca)
Se eu tivesse optado pela versão de 15 polegadas do MacBook Pro - essa sim com configuração imbatível - o valor subiria para absurdos R$6.500,00. Me desculpe Steve, mas ainda não foi desta vez que voltei a ser usuário desta marca que tanto admiro.
Eu sou um macmaníaco que orgulhosamente usa PCs. Por quê? Ora, porque moro no Brasil e me recuso a fazer parte do círculo vicioso da Apple por aqui. Fui um usuário fiel da Apple por muitos anos no trabalho e em casa, mas não quero mais ser vítima da retaliação de Steve Jobs ao nosso País. Para quem não sabe no Brasil vendemos os Ipods e macs mais caros do mundo! Tudo isso porque até o início dos anos noventa vendíamos clones de macs sem autorização da Apple. A patente foi quebrada devido à antiga reserva de mercado aos produtos de informática (derrubada no governo Collor). Agora, tanto tempo depois, por que ainda devemos pagar o pato dessa vingança mesquinha da Apple? Países que já foram inimigos públicos dos EUA como China e Rússia possuem melhores condições comerciais dos produtos Apple e, é óbvio que o Brasil é um país comercialmente promissor para o pessoal de Cupertino. O Brasil já provou que merece uma prometida "fábrica da Apple", tornando-se o ponto de distribuição para a América Latina e outros mercados, mas Steve Jobs guarda uma mágoa como ninguém. Sou fã dos produtos da Apple, considero-a uma empresa inovadora e que preza pela qualidade, mas me recuso a pagar R$4.500,00 num macbook ou R$1.500,00 num iPhone. Na verdade troquei recentemente de notebook e comprei mais um PC.
Não entendo muito bem toda essa manifestação "Fora Sarney". Pra fora de onde exatamente? Se estivermos falando de fora da presidência do senado, que é o máximo que pode acontecer, não é nada mais do que uma punição pra inglês ver. Afinal o Sr. Ribamar não vai continuar agindo da mesma forma em sua cadeira de senador? E quem vai substituí-lo? Fernando Collor? Antonio Carlos Jr.? Jarbas Vasconcelos? O Vice-Presidente Marconi Perillo???? Vamos ver um pequeno histórico de quem já ocupou a cadeira de presidente do senado nos últimos anos: Antonio Carlos Magalhães, Jader Barbalho, Renan Calheiros, além do já citado José Sarney. Um panteão de lisura, honestidade e serviços prestados. O fato de terem deixado a presidência do senado em situação vexaminosa fez algum deles largar o osso da máquina pública e parar de mamar nas tetas do dinheiro público? De que adianta essa indignação pública se na hora do voto o povo mantém toda essa trupe no poder ano após ano? O fora Sarney (ou qualquer outro) de verdade não se dá na imprensa ou no twitter e sim nas urnas, que pode não ser um hype tecnológico, mas pode resolver o problema digitando-se bem menos que 140 caracteres.
Bom, hora da lista dos melhores e piores filmes de 2008 na minha humilde opinião (exibidos no Brasil em 2008)
Os Melhores: 1º Sangue Negro & Batman - Cavaleiro das Trevas (empate técnico, quase perfeitos) 2º Onde Os Fracos Não Tem Vez (denso e tenso) 3º Homem de Ferro (tudo que o filme do Super-Homem deveria ter sido. Excelente aventura) 4º O Nevoeiro (o filme fica na cabeça. Com o final mais corajoso de hollywood em décadas) 5º Wall-E (mais uma obra-prima da Pixar...pra variar) 6º REC (a versão espanhola original. Apavorante, no bom sentido) 7º Não Estou Lá (um filme sensível e honesto, e, às vezes, só isso basta)
Os Piores: 1º A Liga da Injustiça (sem comentários) 2º A Mulher do Meu Amigo (globais fazendo a única coisa que globais sabem fazer) 3º Jogos Mortais V (5 vezes pior que o primeiro) 4º Fim dos Tempos (pra mim o Shyamalan fez o filme só de sacanagem) 5º O Procurado ( Matrix for Dummies)
Cultura pop, realidade, ficção e divagações sem sentido
Quem Escreve
Marco & Lu
Ela escritora, ele publicitário. Casados e pais do Henrique, eles labutam dia e noite para satisfazer as inúmeras exigências da rainha da casa: Francis, A Gata.